Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
Meu Amor é um homem pequenino
Parece um grãozinho de arroz
Mas tem uma garra impressionante
É do melhor que Deus no mundo pôs
Preguiça ele não sabe o que é
Está sempre pronto para a acção
As pessoas falam de nós
E falam até mais não
Dizem que como sou alta
Um grande é que é bom pra mim
Mas como o tamanho não interessa
Quase sempre eu digo assim
É pequenino mas é trabalhador
Adoro isso no meu amor
É pequenino mas é trabalhador
Adoro isso sim senhor
Ele sabe que é bom não duvidem
E não anda pra ai a medir
Cada um tem o tamanho que tem
E mais não se pode pedir
O que importa mesmo é que eu gosto
E gosto tanto do meu amado
Eu prefiro um gatinho assanhado
Que ter um leão amansado
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
Sempre tive pavor de água
E nunca aprendi a nadar
Meu amor lá me deu a volta
E levou-me com ele a surfar
Apanhamos ondas grandes
E apanhamos pequenas também
Eu adorei de tal forma, que disse
Vou repetir meu bem
Embora eu fique na dúvida
Se é melhor grande ou pequena
Sei que há quem tenha preferência
Mas por mim não vale a pena
Pois… há quem goste dela grande
Há quem goste pequena e singela
Para mim tanto me faz
Desde que me aguente em cima dela
Eu só quero me divertir
Seja ela do tamanho que for
São momentos tão bem passados
Entre mim e o meu amor
Eu não penso em mais nada
Parece que é outro mundo
A cabeça chega ao céu
Em apenas um segundo
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
Meu amor é muito teimoso
E em tudo ele quer mandar
Até na casa do vizinho
O homem vai lá opinar
Como o vizinho não liga nenhuma
Quer que eu vá com ele o obrigar
Já lhe disse isso é coação
É crime já ouvi falar
Pra coagir tem que haver cuidado
E tem que ser muito bem feito
Porque se não traz problemas
Não pode ser de qualquer jeito
Mas ele quer que eu vá coagir com ele
Quer que eu vá coagir com ele
Diz que sou a sua mulher
E tenho que fazer o que ele quiser
Quer que eu vá coagir com ele
Quer que eu vá coagir com ele
Mesmo sendo a sua mulher
Só vou coagir quando eu quiser
Meu amor está a ficar viciado
Já lhe disse presta atenção
De um momento para o outro
Parte logo á coação
Só interessa a vontade dele
A dos outros nem quer saber
Parece que fica louco
Por isso já tive que lhe dizer
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
Pro meu amor
Tudo tem, o seu lugar
Cozinha pra comer
Quarto pra descansar
Mas para mim
Cada um faz o que quer
Durmo onde der
Como onde quiser
Mas meu amor
Com a comida fica passado
E das nossas intimidades
Depois fala em todo o lado
É comida no quarto
É comida na sala
É comida no quarto é comida na sala
Seja onde for
É comida no quarto
É comida na sala
É isso que diz por todo lado
De mim meu amor
O meu amor
Sempre foi muito formal
Não gosta de fazer nada
Fora do normal
Já eu faço tudo
E adoro assim ser
Ás vezes até faço
O homem enlouquecer
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
Há coisas que me fazem pensar
E as palavras é uma delas
Há palavras que me são estranhas
Há outras que são tão belas
Há palavras que dizem muito
Há palavras que não dizem nada
Por exemplo as que vou dizer
Deixam-me preocupada
Se o bocado é pra na boca meter
E o punhado é pra no punho ter
O cunhado é pra no…
É o marido da minha irmã
Há palavras que o significado
É o contrário do que falamos
Mas há umas que são puro mel
Para os ouvidos de quem amamos
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
Tudo o que é facas
Espadas e coisas assim…
Meu amor adora, Meu amor adora,
Tudo o que corta
Espeta e sirva esse fim…
Meu amor adora, Meu amor adora,
Mas há uma que ponho a mão
E sai pra fora sem esperar
Fico espantada
E a pensar
É de ponta e mola
É de ponta e mola
É de ponta e mola
A coisa do meu amor
É de ponta e mola
É de ponta e mola
Ai quando a vejo
Até me dá calor
Penso pra mim
Assim é rápido demais…
Mas não digo nada, mas não digo nada
Não me parece
Que sejam todas iguais…
Mas não digo nada, mas não digo nada
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
Há coisas que não sei explicar
E o esparguete é uma delas
Aquilo entra duro na água
E sai mole de todas as panelas
Há uns de cor mais escurinha
E há outros de cor banal
Há quem goste bem temperado
E há quem goste ao natural
Mas pra mim se ficar muito mole
Eu já não acho tanta piada
Vê-lo passar de duro a mole
É fantástico fico encantada
Pois entra duro e sai mole
Entra duro e sai mole
É a magia da natureza
E quem provou sabe que é uma beleza
Há quem só pense naquilo
E há quem diga nem pensar
Mas a ninguém ouvi dizer
Que não gostou depois de provar
Há quem coma seja onde for
Há quem coma até encruado
Há quem só coma em casa
E há quem coma em todo o lado
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
No outro dia fui ás compras
E flauta de chouriço encontrei
Um chouriço enroladinho no pão
E logo pro meu amor levei
Ele adorou de tal forma
Que eu quis prender a fazer
E então a partir desse dia
Massa e chouriço ele passou a trazer
E vem com aquele ar de sacana
Com o chouriço na mão
Amor faz-me flauta de chouriço
Vá lá não digas que não
Sempre que dá faço flauta de chouriço
Sempre que dá faço flauta de chouriço
E meu amor fica louco mesmo doidão
Sempre que eu faço isso
Pra meu amor andar bem
Nada eu lhe deixo faltar
Basta com jeitinho e ele pedir
Faço tudo para o mimar
Antes da gente comer
Ele gosta de ter pra entrada
E se por acaso não houver
Ele diz “xiu” não digas nada
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
Uma gaita de beiços
Meu amor pra casa levou
Uma harmónica pequenina
Que na rua ele achou
Eu olhei para o instrumento
E confesso fiquei a pensar
Como será que esta coisa
Algum som vai conseguir dar
Então meu amor carinhoso
Explicou tudo tudo pra mim
Eu experimentei e adorei
Agora posso dizer assim
Que a gaita do meu amor
É pra por nos beiços
A gaita do meu amor
É pra por nos beiços. Mas atenção
A gaita do meu amor
É pra por nos beiços
A gaita do meu amor
É pra por nos beiços, e ampara-se com a mão
Meu amor agora chega
E pergunta queres tocar
Eu meio envergonhada
Acabo sempre por aceitar
Seguro na gaita e acreditem
Começo a tremelicar
Sei que sou muito tímida
Mas começo a imaginar
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
Meu amor trabalha nas obras
Sempre que posso eu vou ajudar
Principalmente a mudar os andaimes
Que na obra andam sempre a girar
Faz sempre uma coisa parva
Embora diga que é a brincar
Empurra a prancha contra mim
E acaba por me magoar
Há noite em casa nem me procura
Pra saber se estou bem ou não
Ignora-me completamente
Até me faz impressão
Meu amor de dia dá-me uma pranchada
Depois á noite não se passa nada
Meu amor de dia dá-me uma pranchada
Depois á noite não se passa nada
Depois de me dar a pranchada
O homem muda da água pro vinho
Parece que é tudo a despachar
E depois segue o seu caminho
Ele diz-me sempre o mesmo
Meu amor isto foi a brincar
Mas a brincar a brincar sabemos
Que sou eu quem acaba por levar
Meu amor vê que eu gosto
E que os uso a toda a hora
Então decidiu que eu devia
Ter uns novinhos agora
Então bem carinhoso
Com voz suave perguntou pra mim
Amor como é que queres
E eu respondi assim
Com Sola á frente, com sola atras
É esse o meu pedido
Com Sola á frente, com sola atras
Pra mim faz todo o sentido
Com Sola á frente, com sola atras
Meu amor sabes disso bem
Com Sola á frente, com sola atras
E assim ando como convém
Meu amor fica contente
Por ver a forma como ando
Leve e com um brilho no olhar
Pois nas nuvens ando pisando
Um casal é mais feliz
Se um ao outro conseguir mimar
Meu amor é mesmo assim
Mais e mais ele quer me dar
Meu amor tem a mania
A mania da limpeza
Aranhas e aranhuços
Lá em casa não há com certeza
Os olhos dele tem iman
Qualquer teia consegue ver
Ele não espera um minuto
Pra fazer aquilo desaparecer
Meu amor agarra o vasculho
E não dá p´ra acreditar
Mete com segurança
E só me apetece gritar
Eu não tenho teias de aranha
Eu não tenho não senhor
Eu não tenho teias de aranha
Quem as tira é o meu amor
Eu não tenho teias de aranha
E é tão boa a sensação
Meu amor tira com o vasculho
Se não der tira com a mão
Há dias em que o vasculho
Parece não resultar
Então o meu amor usa os dedos
Para as teias de aranha tirar
Por mim está tudo bem
Ele faz como quiser
Como eu costumo dizer
Ele é o sonho de qualquer mulher
A arma do meu amor
Não dispara não senhor
A arma do meu amor
Não dispara não senhor
A arma do meu amor
Não dispara não senhor
Não dispara não senhor
A arma do meu amor
O meu amor ganhou
Uma caçadeira
No inicio até pensou
Que era brincadeira
Mas não era
Agora tem uma arma
Mas aquilo é tão estranho
Que não arma nem desarma
Ele coitado
Pode ter aquilo apontado
Mas na hora H
Não dá fica frustado
Refrão
O meu rapaz
Até tenta esconder
Que a arma dele não faz
O que tinha que fazer
Até eu
Ajudo com carinho
Aos poucos parece
Que la vai tomar caminho
Cada vez que vou ao hipermercado
Trago fruta para o meu amado
Porque se for ele a trazer
Podem querer vem tudo trocado
Traz limão a achar que é laranja
Traz manga a achar que é melão
É uma coisa que eu não entendo
Podem crer não entendo não
Mas quando chego a casa ele delira
P´ra minha fruta começa a olhar
Eu baixo a cabeça e penso
Já sei onde isto vai acabar
Ele diz que eu tenho boas laranjas
Mas pra mim são mais melões
Qualquer dia até confunde
Os marmelos com mamões
Ele adora a minha fruta
Embora ache que é sempre pequena
Já eu acho grande e por isso
Quem carrega sou eu temos pena
A que trago comigo é a que há
E não aceito reclamação
É bom que fique calado
Senão não vai por aqui a mão
No sitio onde eu moro
Na bordinha do caminho
Há sempre ervas a nascer
Do meu lado e do vizinho
Mas meu amor só gosta
De mexer nas minhas bordas
Nas do vizinho nem toca
Tem arames e tem cordas
E meu amor enlouquece
Quando vê as bordinhas limpinhas
Diz que dá jeito olhar
E que ele ficam tão bonitinhas
Nas minhas bordas
Nas minhas bordas
Nas minhas bordas ele é feliz
Nas minhas bordas
Nas minhas bordas
Nas minhas banda é ele quem o diz
Sempre que chega a casa
Vai logo o caminho mirar
Diz que o papel do homem
E das bordinhas cuidar
Eu fico contente
De ele cuidar bem do que é meu
Embora as use também
Por isso eu digo que é seu
Meu amor adora enchidos
Mas têm que ser caseiros
Aprendeu e já faz em casa
Diz que assim são verdadeiros
Faz chouriços, alheiras, sei lá
Mas eu sou louca pelo salpicão
Já lhe pedi p`ra não fazer
Porque como e engordo até mais não
Mas é delicioso não nego
E vivo nesta agonia
Se eu pudesse não duvidem
Comia 24 Horas por dia
Eu adoro o salpichão do meu amor
Por mim comia o dia todo
Mas há que parar
Meu corpo, pode não aguentar
Eu acho que estou a ficar louca
Em todo o lado vejo um salpicão
Já dei por mim a babar
Juro…A babar até ao chão
Chego a casa meu amor provoca
Eu tenho o que tu gostas
E não consigo resistir
Não lhe consigo virar as costas
No Outro dia ofereci
Ao meu amor um fiozinho
É grossinho e em prata
Ofereci com tanto carinho
Mas ele não achou graça
Deixou pendurado na prateleira
Eu também lá o deixei
Não gostei da brincadeira
E assim lá passa os dias
A apontar pra baixo e desprezado
Eu não digo nada
Mas aquilo é pra ser usado
Ele tem sempre aquilo pendurado
Pra meu desgosto, pra meu desgosto
Ele tem sempre aquilo pendurado
Mas se o usasse pra mim era um gosto
Ele tem sempre aquilo pendurado
Pra meu desgosto, pra meu desgosto
Mas se usasse de vez em quando
Eu adorava ver aquilo bem posto
No outro dia conversamos
Ele diz que não se sente bem
O problema é da tua cabeça
Foi isso que eu disse também
Se ele não se preocupar
Tudo é tão natural
Não adianta pensar
Entre nós tudo é normal
Eu mimo o meu amor
E pra ele tudo quero fazer
Ele chega já tarde a casa
Tenho sempre algo para comer
Ele gosta de qualquer prato
Mas por patanisca é louco
Então faço sempre algumas
Pra ele saborear um pouco
Então ele chega a casa
E sabe o que vai achar
A patanisca prontinha
Pra ele de lambuzar
Ele gosta, ele gosta
Gosta da minha patanisca
Ele gosta, Ele gosta
E Todos os dias da petisca
Nem sempre me apetece
Mas pra ele faço com agrado
Uma mulher nem sempre tem vontade
Mas ele é o meu amado
Quero que ele esteja bem
Só isso importa pra mim
Preparo tudo com amor
Sou romantica sou assim
Meu amor está a ficar chato
E isto vai acabar mal
Vou contar a todos vocês
O que pra mim não é normal
Fui de férias ao brasil
E de lá trouxe um pandeiro
Meu amor viu e ficou louco
Isto é mesmo porreiro
Agora anda atrás de mim
Parece que anda obcecado
Ele olha e só vê o pandeiro
Toca-me em todo o lado
Ele diz que tenho um bom pandeiro
Ele diz que tenho um bom pandeiro
E passa o dia a tocar
É até eu me chatear
Meu pandeiro é redondilha
Sei que até dá gosto ver
Mas não é em qualquer lugar
Que se pode assim mexer
Já lhe disse presta atenção
Nessa cabeça tem juizinho
Ele coitado fica triste
Com aquela cara de anjinho
Meu amor é sempre assim
Quando há peixe a refeição
Tira logo a parte do rabo
Com ansiedade e sofreguidão
Mas depois ele estraga o peixe
Deixa tudo agarrado a espinha
Mais valia comer uma posta
O lombo tem mais febrinha
Eu fico ali quietinha
E nem sei o que lhe diga
E mesmo assim eu penso
Tens mais olhos que barriga
Eu não entendo pra que queres o rabo
Juro não consigo entender
Eu não entendo pra que queres o rabo
Se depois não o sabes comer
Se meu amor aproveitar
Eu não dizia nada
Mas não é assim eu fico ali
Toda amargurada
Há coisas que comigo não dá
Eu não consigo aceitar
Se não sabe comer não come
Agora não pode estragar
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
Meu amor abriu um negócio
Montou uma serração
Felizmente agora o rapaz
Tem trabalho até mais não
Pediu-me pr’ó ir ajudar
Mas daquilo pouco sei
Então fico ao lado da serra
Foi o mais fácil que encontrei
Ele mete-me o barrote devagarinho
E eu estou a ajeitar
Mas depois fica fininho
Pr’a que serve isto, começo a pensar
Eu agarro-lhe no barrote
Eu agarro-lhe no barrote
Mas quando aquilo vira ripa
Caí pró o lado não é forte
Eu agarro-lhe no barrote
Eu agarro-lhe no barrote
Mas quando aquilo vira ripa
Eu não gabo a minha sorte
Quer que eu mexa no pau sem medo
Mas não me sinto á vontade
Tenho receio de o magoar
Essa é a pura da verdade
Quando está grosso tipo barrote
Eu não tenho receio não
Mas se está fino tipo ripa
Até me faz aflição
E quando ele mete o Barrote
Eu estou a ajeitar
Depois fica fininho
Pr’a que serve isto, começo a pensar
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
Meu amor fez uma horta
Pr’a cabeça aliviar
Tem tomates, feijões, alfaces
Que leva pr’a casa pr’a se usar
Tem feijões e alfaces bonitas
Mas os tomates já estão a rebentar
Vou-lhe cortar os ladrões
Um dia cedo antes dele acordar
Porque se ele andar por lá
Não me deixa fazer nada
Eu quero cortar tudo a eito
Por isso vai ser de madrugada
Eu vou capar os tomates ao meu amor
Eu vou capar os tomates ao meu amor
Ele vai desesperar, vai até gritar
Mas os tomates juro que lhe vou capar
Ás vezes diz que vai á horta
Mas perde-se pelo caminho
Se assim não fosse podem crer
Ui, tudo estava um brinquinho
Já lhe disse pr’a ter cuidado
E aos tomates, prestar atenção
Senão enquanto dorme
Sou eu quem lhes mete a mão
Porque se ele andar por lá
Não me deixa fazer nada
Eu quero cortar tudo a eito
Por isso vai ser de madrugada
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
É só lamber, é só torcer
E a seguir, é só no cu meter
É só lamber, é só torcer
E a seguir é só no cu meter
Ai foi isto
Que ouvi sem parar
Quando pr’a costura
Eu fui trabalhar
Inexperiente
com a agulha e a linha
Eu pedia ajuda,
elas diziam, é novinha
Mas com o tempo,
tudo se vai fazendo
E agora sou eu,
que também vou dizendo
E hoje
é algo tão normal
Se é pr’a meter eu meto
É tudo tão natural
Meu amor,
ás vezes até a brincar
Diz com um sorriso,
já não precisas treinar
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
Meu amor foi aos chineses
Uma chave de fendas comprar
Eu ri-me e disse pr’a ele
De certeza que não vai durar
Todos sabemos que é barato
Mas o barato nem sempre é bom
E pr’a achar assim coisas boas
É preciso ter um dom
Mas meu amor disse pr’a mim
Estás enganada, fica a saber
Eu agarrei na ferramenta
E agora posso dizer
Que a ferramenta do meu amor
A ferramenta do meu amor
É bem boa, é bem boa
Sim senhor
A ferramenta do meu amor
A ferramenta do meu amor
É bem boa, é bem boa
Sim senhor
Agora quando ele fala
Quem sou eu pr’a duvidar
Quando diz que é forte e boa
Tenho que acreditar
Quando eu vi com os meus olhos
E senti com minha mão
A ferramenta do meu amor
É boa até mais não
Quando duvidei me disse
Estás enganada, fica a saber
Eu agarrei a ferramenta
E agora posso dizer
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
Há pau que nasce torto
Há pau que não se endireita
Há pau que é fraquinho
Há pau que não se aproveita
Há pau de laranjeira
Há pau de marmeleiro
Há pau de aroeira
Pau pr’a quem chega primeiro
De toda a maneira há pau
Há pau de toda á maneira
Como meu amor diz
Até há pau de madeira
Há pau rijo, o pau ferro
Há pau forte, o pau preto
Há pau claro, o pau faia
Há pau com que eu não me meto
Há pau mole, o pau pinho
Há pau bom, pau cerejeira
Há pau giro, pau carvalho
Há pau feito e de que maneira
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
Há quem goste de franguinho
Há quem goste de leitão
Há quem goste de cabrito
Mas isso eu não gosto não
Há quem goste de lulinha
Há quem goste de jaquinzinho
Há quem goste de petinga
Mas esse não é meu caminho
Eu gosto de carne á séria
Não gosto de coisa novinha
Podem até não concordar
Mas esta opinião é a minha
Porque eu gosto de carne criada
E isso não escondo não
Eu gosto de carne criada
E como-a sempre com satisfação
Até minha Mãe dizia
Filha prova que é tenrinho
E eu pensava pr’a mim
Deixa crescer, o coitadinho
Eu gosto de coisa grande
Sempre assim foi, sempre assim há-de ser
Prefiro o pôr do sol
Do que o dia ao amanhecer
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
Meu amor comprou um sino
Pr’a servir de campainha
Diz que o sino é dele
A casa é da Rosinha
Confesso que acho graça
Ao sino ali pendurado
E o badalo sempre pronto
Pontinho pr’a ser tocado
Eu sou incapaz de passar
E no badalo dele não tocar
Meu amor fica tão contente
E então por ele gostar
Eu toco no badalo dele
Eu toco no badalo dele
Pois quando toco no badalo dele
Meu amor vibra até mais não
Eu toco no badalo dele
Eu toco no badalo dele
Pois quando toco no badalo dele
Fica louco de emoção
Meu amor sorri pr’a mim
Quando me vê pelo balado passar
Sabe que eu não resisto
Deixar aquilo a badalar
Ás vezes até se ajeita
E deixa livre o caminho
Eu sorrio para ele
E toco com carinho
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
No outro dia eu e meu amor
Convidamos o meu vizinho
Fizemos lá em casa
Um pequeno churrasquinho
Cada um assou a sua carne
Pr’a ninguém se irritar
Assei a minha e do meu amor
E pus-me á coca pr’a o vizinho não tirar
Mas o rapaz apanhou-me sozinha
E em engraçado quis se armar
Pôs a mão na minha carne
E eu tive que o avisar
A minha carne não é pr’a ti
A minha carne não é pr’a ti
É pr’o amor da minha vida
Que é pr’a quem acho que nasci
Eu já tinha reparado
Que meu vizinho é atrevido
Ás vezes ele faz as coisas
Depois faz-se despercebido
Ele está de olho na minha carne
Á muito tempo que eu sei
Só que ir ali tentar
Isso eu nunca, nunca pensei
Mas apanhou-me ali sozinha
E em engraçado…
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
Meu amor
É Louco por Portugal
Até tem uma bandeira
No meio do quintal
Está triste
Com o que está acontecer
Por isso a bandeira
Á meia haste foi meter
E eu olho
Sem nada falar
Mas na bandeira
Estou sempre a pensar
Está meia haste
Está meia haste
Está meia haste
E digo sem pudor
Está meia haste
Está meia haste
Está meia haste
A bandeira do meu amor
Se ele quisesse
A mim não custava nada
Eu metia logo
A bandeira hasteada
Metia a mão
E era num instante
Ficava lá em cima
Ai como é motivante
Mas eu olho
Sem nada ….
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
Meu amor adora flores
E sabe que eu também
Nossa casa é um jardim
Está florida, e bem
Todos os dias ele traz flores
Prós arranjos eu fazer
Faço jarras bem bonitas
E em vasos chego a meter
Mas no outro dia fez-me um pedido
Coisa que eu não imaginei
Ao meu ouvido sussurrou
Até de boca aberta fiquei
Ele quer que eu lhe faça um buquet
Ele quer que eu lhe faça um buquet
Assim do nada, nem sei porquê
Mas quer que eu lhe faça um buquet
Eu posso gostar de flores
Adoro-as receber
Mas é como um miminho
Não é, para buquet eu fazer
Não pode ser todos os dias
E já lhe disse pr’a parar
Comer sempre o mesmo prato
Certamente vai enjoar
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel / Daniel Duarte
Meu pai deixou-me de herança
A cana com que pescava
Era louco por pescaria
E aquela era a cana que adorava
Eu quis seguir os seus paços
E meu amor quis me ajudar
Pois se a cana é boa
Coisas boas vou apanhar
Mas já desabafei com o meu amor
P`ra ele me poder consular
Pois o tempo vai passando
E o peixe não vem cá picar
Pois tenho uma cana boa
Eu tenho uma cana boa
Mas por mais que eu me queixe
Ela apanha pouco peixe
Meu amor diz que anda cansado
Mas também não sabe muito mais
Quem sou eu p`ra criticar o rapaz
Não critico…. Isso jamais
Pois tenta tudo por tudo
Pra que eu me sinta bem
As vezes mete a mão na minha cana
P`ra me ajudar também
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
Meu amor adora carne de aves
Por ele juro nada mais comia
Era pito, pato ou peru
Era assim dia após dia
Tento fazer-lhe outros pratos
P`ro coitado não enjoar
Eu sei o que a casa gasta
No frio há sempre pito para usar
Pois p`ra ele é pito e só pito
Não há nada a fazer
Eu dou o pito ao rapaz
Para ele comer
Eu tenho sempre o pito bem depenado
Tenho sempre o pito bem depenado
Não o vou fazer na hora
Assim está prontinho p`ro o meu amado
As vezes a mim não me apetece
Mas não sou capaz de dizer não
Até dá gosto vê-lo a comer
É uma satisfação
Não lhe consigo mudar a ideia
Mas ele sempre foi assim
Quando tem uma vontade
Vai mesmo até ao fim
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
Na minha lista de compras
Tomate pelado está sempre lá
Tomates com pele e rama
Pior coisa, p`ra mim não há
Também há polpa de tomate
Mas isso não me agrada não
O tomate pelado isso sim
Até favorece a refeição
E quando estou nos preparativos
Eles nunca podem faltar
Pois p`ra mim é delicioso
E ao meu amor parece agradar
Eu gosto de tomate pelado
Eu gosto de tomate pelado
E faço com cada prato
Que até surpreende o meu amado
Se o tomate é bem pelado
É tão suave parece veludo
Sei que não é sempre assim
Às vezes até me desiludo
Mas se estiver bem, bem no ponto
Posso dizer é espectacular
Deus inventou aquilo
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
Eu tenho um amigo
Que considero um irmão
Ofereceu-me um casaco
Eu adoro de paixão
Assenta-me tão bem
É lindo é fino, delicado
Se não o tenho vestido
Está sempre bem arrumado
E as vezes quando estou sozinha
Fico ali p`ra ele a olhar
E o que me vem a cabeça
Eu vou agora falar
Ele quer sair,
Quer sair… do armário
Ele quer sair,
Quer sair… do armário
Pode até ser loucura minha, não digo o contrário
Mas ele quer sair do armário
Meu amigo é adorável
É forte a nossa relação
Sei que a malta fala dele
Mas não me importo não
Adora me mimar
E é isso que tenta fazer
Deu-me uma prenda tão linda
Que jamais irei esquecer
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
Lá p`ros lados de Pedrogão
Uma festa fui animar
E disseram-me assim
É ali na Picha que vais tocar
Fiquei aflita
E olhei p`ro meu amor
E ele … terra é perto
Eu conheço sim senhor
E foi tão bom
Ver a Picha bem animada
Tudo ali á volta
Vibrou até de madrugada
Eu toquei na Picha
Eu toquei na Picha
Eu toquei na Picha
E noutras zonas lá pertinho
Eu toquei na Picha
Eu toquei na Picha
Eu toquei na Picha
E vou tocar sempre com carinho
Por vontade do meu amor
Todos os dias tocava lá
Adorou tanto a festa
Diz que melhor não há
Só de pensar
Ele diz que fica louco
E eu confesso a vocês
Que também fico um pouco
Pois foi tão bom
Ver a Picha bem animada
Tudo ali á volta
Vibrou até de madrugada
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
O meu amor
É danado pra brincadeira
As vezes abusa um pouco
Mas é sua maneira
Adora estorvar
Tudo o que ando a fazer
É desde que acordo
Até adormecer
Mas eu sei
que ele faz isso com amor
E quando estou com ele
Penso logo sim senhor
Ele Vai-me Estorvar
Ele Vai-me Estorvar
Ele vai-me estorvar
E Faz cara de safado
Ele Vai-me Estorvar
Ele Vai-me Estorvar
Mas eu gosto é o meu amado
O meu amor
Diz que gosta de brincar
Vai me estorvando
Até eu me passar
Diz que estas coisas
Fazem parte do casal
Que numa relação
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
Meu amor adora uma mariscada
Ai come até mais não
Se vocês vissem a quantidade
Aquilo não tem explicação
Come duas ou três vezes por semana
É um abuso… eu bem sei
Mas ele diz ganho pra isso
E é um prato que eu sempre gostei
Mas eu falo, falo, falo
E ele não quer saber
Agarra-se a mim
Beija-me e vou-vos dizer
Ele sabe-me a mar
Sabe-me a mar
Sabe-me a mar e é fabuloso
Ele sabe-me a mar
Sabe-me a mar
Aí Aquilo é delicioso
Ele sabe-me a mar
sabe-me a mar
Sabe-me a mar E eu adoro assim
Ele sabe-me a mar
Sabe-me a mar
E é uma loucura pra mim
Agora dou comigo a pensar
Tomara que hoje haja mariscada
A seguir vem-se desculpar
E Eu não me importo nada
Ele faz tudo na perfeição
Eu não posso reclamar
Só este vício que ele tem
De vir a saber a mar
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
Eu fui a tv
E fiz um teste ao covid
Aquilo não é tudo a balda
É controlado ninguém duvide
O enfermeiro era tão lindo
E disse tu és aqui
Eu estava tão assustada
E ele deixa …eu trato de ti
E levou-me para um cantinho
mostrou a zaragatoa
Eu fiquei de boca aberta
Fiquei com a cabeça a toa
Era grande, aí tão grande
E fez questão de me mostrar
Era grande, aí tão grande
Arrepiei-me só de olhar
Era grande, aí tão grande
Até me fez faltar o ar
Quando eu imaginei
Que aquilo em mim … ia entrar
O enfermeiro que me calhou
Sim senhor era bem jeitoso
Aqui apenas pra nós
Deus foi bem generoso
A simpatia em pessoa
Bem falante até mais não
Para me acalmar
Agarrou-me pela mão
Páquito c. Braziel / Páquito c. Braziel
Sempre soube que ele era assim
E com o tempo achei que ia mudar
Ia pensar menos nele e também pensar em mim
Afinal de contas é assim quem está a amar
Eu faço tudo para dele cuidar
E peço para ter cuidado é bom para os dois
Mas ele quando sai sem mim faz coisas sem pensar
Coisas que se arrepende depois
Como comer pipis, comer pipis
E mente pra tentar esconder
Como comer pipis, comer pipis
Mas depois eu fico a saber
Se fosse de longe a longe, eu nada dizia
Mas assim não aguento é mau demais
O molho faz-lhe tanto mal e fica com tanta dor
E sofro ao ouvir os seus ais
Como comer pipis, comer pipis
E mente pra tentar esconder
Aí ele come pipis, ele come pipis
Mas depois eu fico a saber
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
Minha vizinha adora canários
E tem dois tão engraçados
Cantam todo o santo dia
E nunca parecem cansados
Cada um tem a sua gaiola
Mas ela adora os juntar
Diz que tudo tudo ao molho
É diferente e os faz animar
Completa um com o outro
Isso é normal
Se cantam os dois ao mesmo tempo
É fenomenal
Ela enfia os dois na gaiola
E adora a todos contar
Ela enfia os dois na gaiola
E conta com brilho no olhar
Ela enfia os dois na gaiola
E faz sempre que lhe apetecer
Porque a gaiola é dela
não há nada a dizer
Minha vizinha brinca com um
Mas o bom é brincar com os dois
Diverte-se até mais não
O pior o pior é depois
É que ela fica farta
E eles não querem saber
Cá para mim ela queixa-se
Mas a festa não quer perder
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
Meu Amor é viciado em chá
Bebe chá até mais não
Gosta daquele chá avulso
Que Até faz impressão
Já lhe disse que há em saquetas
E ele diz… não lhe agradar
Mas depois deixa tudo sujo
Tudo p`ra eu levar
O pior é no coador
Onde o buraco é apertado
Aquilo depois de entrar
Parece que fica encravado
Fica sempre no coador
Fica sempre no coador
Mas eu não quero saber
Porque agrada ao meu amor
Chega a casa até mete impressão
Vem cheio, cheio de desejo
Vai logo direito ao assunto
Nem sequer me dá um beijo
Já não sei mais o que fazer
Mas se ele gosta, deixa gostar
Eu também não vou morrer
Se fizer isso para o mimar
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
Quando eu olho p`ro meu amor
Eu vejo um relógio parado
O ponteiro está ás 6,30
Não mexe p`ra nenhum lado
Com jeitinho eu tento dar corda
Pra ver se ele anda pra frente
Mas nem pra frente nem pra trás
Não há paciência que aguente
Então eu penso pra mim
Já que parou parava a valer
Parava à meia noite
E ai é que ia ser
Mas meu amor tem sempre o ponteiro
Ás 6,30, ás 6,30
Não duvidem, é bem certeiro
ás 6,30, ás 6,30
Meu amor tem o ponteiro lá
As 6,30, ás 6,30
Eu não sei se há arranjo ou não há
Mas está sempre ás 6,30
eu confesso mexer no ponteiro
Muitas vezes até madrugada
Mas eu confesso também
Que o coitado não anda nada
Tem tudo pra dar as horas todas
Mas nem um segundo dá
Juro que não sei o que se passa
Pois falta de corda não há
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
já cantei de norte a sul
em tanto sítio que nem sei dizer
mas há uma coisa que eu sei
a festa é boa se souber-mos fazer
há quem faça mais acima
há quem faça mais abaixo
mas festa boa é no sítio certo
pelo menos é o que eu acho
e quando chego a sitio e me dizem
hoje a festa é aqui no centro
eu não digo nada
mas fico contente por dentro
pois é no centro que se faz as festas
é no centro que a malta adora
é no centro que se faz as festas
e há quem faça pela noite fora
quando as festas são no centro
bem feitas ao céu fazem chegar
ás vezes é tanta a loucura
que se chega a ter que gritar
há quem saiba o que está a fazer
há quem faça assim-assim
mas festa boa é no centro
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
meu amor todos os dias quando acorda
parece que um choque acabou de ter
o cabelo fica espetado, todo desguedelhado
não dá para entender
meu amor ainda a brincar comigo
tu nunca tinhas visto nada tão em pé
eu sorrio para ele e agora a vocês
eu conto como é
meu amor acorda com ele levantado
ai acorda com ele arrebitado
passa a mão nele bem devagar
e depois pergunta se estou a gostar
às vezes tento faze-lo baixar
de outras formas ou até com a mão
o meu amor adora isso
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
tenho um vizinho que é chegado
e que frequenta a minha casa
tem um feitio muito especial
a bem dá tudo a mal é pior que a brasa
nunca diz não se for para o lado bom
nunca diz sim se for para o lado mau
e eu digo tanta vez ao meu amor
presta atenção e mete-te a pau
porque ele gosta tanto de ti
e também gosta de mim
por isso presta atenção
porque ele é assim
ele dá ele dá p’rós dois lados
ele dá ele dá p’rós dois lados
nunca tentou esconder
e o que pensam nem quer saber
gosta de estar com o meu amor
e estar comigo também lhe agrada
acho que estar com nós os dois
é coisa que não lhe custa nada
não temos nada, nada a dizer
porque com calma sabemo-lo levar
enquanto estou só com o meu amor
eu digo escuta o que estou a falar
eu sei que gosta de ti
e também gosta muito de mim
por isso presta atenção
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
o meu amor é louco
por maminha grelhada
faço sempre que pede
a mim não custa nada
quando saímos
levo sempre numa marmita
nós nunca sabemos
ai quando a fome grita
e ás vezes
do nada sem esperar
ele pede a maminha
seja qual for o lugar
ele adora maminha
ele adora maminha
seja onde for
ai o meu amor
adora maminha
se estamos sozinhos
ele mesmo procura a maminha
porque ele é louco
por aquela carninha
adora a textura
e o gosto adora também
e eu sabendo disso
levo sempre para o meu bem
pois às vezes
do nada sem esperar
ele pede a maminha
seja qual for o lugar
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
meu amor passa horas no ginásio
quer ver o músculo todo a crescer
mas os abdominais é que é pior
ele não vê nada acontecer
então quer que o ajude
e a seus pés eu vá fica
pra depois ….
ele puder suar
meu amor adora, adora
o músculo exercitar
adora, adora
comigo treinar
adora, adora
o músculo exercitar
adora,adora
treinar até cansar
meu amor quer que o músculo fique grande
por isso passo o dia a bombar
todos os dias olha para o espelho
a ver se o músculo está a aumentar
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
eu e meu amor
tivemos um acidente
eu parti uma perna
e ele o braço não foi diferente
eu levei gesso
mas pra ele não deu não
levou uma tala
do cotovelo até à mão
e se saímos os dois
seja qual for o lugar
há sempre um sussurro
ai um sussurro no ar
é ele quem tem tala
é ele quem tem tala
é ele quem tem tala
é o que estou sempre a ouvir
é ele quem tem tala
é ele quem tem tala
é ele quem tem tala
( diz o povo a sorrir )
( dizem pra mim a sorrir )
agora em casa
ele também já fala
ai querida como vês
aqui sou eu quem tem tala
e é verdade
eu prefiro assim
a tala ficou pra ele
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
se há coisa que me relaxa
é estar no sofá a descansar
por norma fico tão mole
que chego até a dormitar
fico ali bem enroladinha
e melhora se estiver escurinho
adoro quando vem o meu amor
cheio, cheio de carinho
puxa a mantinha pra cima
pró frio eu não vir a ter
entala bem entaladinha
e depois fica ali a ver
meu amor adora me cobrir
meu amor adora me cobrir
e é feito com tanto amor
ai com tanto amor, ai com tanto amor
às vezes até sem eu querer
meu amor vem logo me ajeitar
é um querido é uma doçura
só pensa no meu bem estar
às vezes deita-se a meu lado
e fica ali encostadinho
outras vezes agarra-se tanto
que até fica mais quentinho
mas…
puxa a mantinha pra cima
pró frio eu não vir a ter
entala bem entaladinha
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
meu amor é assim como eu
por animais tem perdição
mas são os animais de penas
que lhe enchem o coração
anda sempre com um animal
que de pequenino criou
um periquito que trás no ombro
porque assim ele domesticou
mas meu amor quando chega a casa
como é normal vem-me beijar
o estranho é que também quer
que o periquito eu vá mimar
ele quer que eu lhe beije o periquito
ele quer que eu lhe beije o periquito
mas eu não quero não, sei lá por onde andou
eu não beijo assim um passarito
o animal é mesmo muito afável
vai com ele pra todo o lado
que eu lhe estivesse sempre a fazer festas
era a vontade do meu amado
o animal na rua é tranquilo
pelo menos ele conta assim
há quem queira lhe fazer festas
mas amável … só pra mim
quando me encontra em algum lugar
como é normal vem me beijar
o estranho é que também quer
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
Meu amor tem uma cerâmica
Faz tijolos telhas e telhões
Tem tudo para um telhado novo
Ou até para reparações
Mas o encanto dele são os telhões
Em carreirinha a fechar um telhado
Por isso na fabrica diz pra mim
Só tu mexes porque tens cuidado
E se ele confia em mim
Eu não o vou desapontar
Faço tudo com carinho
Tudo pró agradar
Eu mexo nos telhões do meu amor
Eu mexo nos telhões do meu amor
Eu sei como fazer e gosto de mexer
Nos telhões, nos telhões do meu amor
Ás vezes até diz pra mim
Passa a mão sente como é perfeito
É lisinho é um encanto
Isto é mesmo bem feito
Tem orgulho nos seus… telhões
E eu compreendo bem
Ele é muito trabalhador
E eu tenho orgulho também
E se ele confia em mim
Eu não o vou desapontar
Faço tudo com carinho
Tudo pró agradar
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
Meu amor gosta de mergulho
Peixinhos gosta de observar
Eu vou sempre com ele
Para o ver delirar
Estou ali somente a olhar
Enquanto ele vai
Pra cima e pra baixo
Ele fica tão feliz
Pelo menos é o que eu acho
Mas confesso que fico ansiosa
Quando vai ao fundo e demora a avir
Até me falta o ar
E o coração parece explodir
Pois eu gosto quando ele vem á tona
Ai eu gosto quando ele vem á tona
Meu corpo relaxa logo
É assim que funciona
Enquanto ele é pra cima e pra baixo
Eu não penso em nada não
O corpo fica tenso
E até me sobe a tenção
Já o rosto dele fica a brilhar
E brilha de prazer
Pois vê-se a satisfação
No que está a fazer
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
Meu amor tem uma herdade
E de animais faz criação
Tem bois, vacas, cabras, borregos
Mas animais sem cornos não
São tantos que se perdem de vista
E por eles é obcecado
Ele passa horas e horas
Ali a olhar pró gado
E as vezes olha pra mim
E ao meu ouvido diz
Amor tenho tantos cornos
Ai como sou feliz
Meu amor tem muitos cornos
Tem cornos até mais não
Meu amor tem muitos cornos
E adora de coração
Como sei que gosta de cornos
As vezes também arranjo
Tenho um vizinho que mora perto
E que ajuda é um anjo
Trabalha no matador
E quando pode ele trás
E os dois em conjunto
Damos os cornos ao rapaz
Ele olha pra mim
E ao meu ouvido diz
Amor tenho tantos cornos
Ai como sou feliz
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
Em casa do meu amor
Há sempre algo pra me agradar
Um bombom, um bolinho eu sei lá
Algo pra eu degustar
Como sabe que eu lancho sempre
E fiambre gosto de comer
Meu amor tem sempre do melhor
Perna extra pra me oferecer
Eu como todos os dias
Não resisto á tentação
Eu até posso dizer
Que repito com satisfação
Meu amor tem sempre perna extra
Pra eu comer, pra eu comer
Meu amor tem sempre perna extra
Pra eu comer, até me apetecer
Chego a casa do meu amor
E perna extra vou observar
Não vá alguém ter comido
E na hora pra mim não chegar
Eu gosto de qualquer maneira
Aos bocadinhos ou de enfiada
Eu quando começo a comer
Garanto não escapa nada
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
No arquivo municipal
Meu amor foi trabalhar
Foi pra lá juntar papeis
Algo que chamam compilar
Ele compila de manha á noite
E isso satisfaz
Até em casa vê dois papeis
Ele organiza e que bem que faz
E eu fico deslumbrada
A vê-lo a compilar
Fico tão contente
Que só me apetece gritar
Eu amor compila bem
Compila bem, compila sim
Meu amor compila bem
Principalmente pra mim
Ele compila que até dá gosto
E parece não se cansar
Trabalha tanto, tanto, tanto
Que até dá gosto olhar
Tem tudo um sitio certo
E é melhor se assim for
Diz a sorrir pra mim
Com carinho e muito amor
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
Pró meu amor
O país está mesmo mal
Á falta de respeito
E isso não é normal
A palavra não conta
O compromisso também não
Aqui ninguém faz nada
Nem pra ganhar o pão
Mas ele diz
Se tiver a ditadura
Tudo é diferente
Tudo muda de figura
Quer a ditadura, quer a ditadura
O meu amor quer ter a ditadura
Quer a ditadura, quer a ditadura
O meu amor quer ter a ditadura
Com a ditadura
Não dá pra acreditar
Fica tudo direito
Aquilo é sempre a andar
Não dá pra falar
Tão pouco pra respirar
É uma loucura
Aquilo é sempre a bombar
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
Meu amor sempre foi assim
Obcecado e trabalhador
Quando mete uma coisa na cabeça
Ninguém a tira não senhor
Há uns dias lá no quintal
Inçou uma vedação
Com arame e estacas de madeira
Bem espetadinhas no chão
Agora seja noite ou dia
Chega a casa com a mesma intenção
É pegar no pau e espetar
Espeta com satisfação
O meu amor só quer espetar o pau
Espetar o pau de noite ou de dia
O meu amor só quer espetar o pau
Espeta o pau com alegria
Perde tempo a ver a posição
Mas quando espeta é a valer
Juro que dá gosto ver
A vedação sempre a crescer
Mesmo assim há dias que digo
Amor hoje é pra descansar
Mas o homem anda louco
Só quer é espetar
E seja noite ou seja dia
Chega a casa com a mesma intenção
É pegar no pau e espetar
Espeta com satisfação
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
Tudo o que eu digo
Não interessa ao meu amor
Tudo o que eu peço
Ele só faz por favor
Mas não pensem mal de mim
Pois eu o amo mesmo assim
Mesmo ele só me dando pra trás
Eu dou-lhe mimos
Faço tudo pra o agradar
Mas pra quer serve
Se ele finge não reparar
Mas eu o amo mesmo assim
Mas não pensem mal de mim
Mesmo ele só me dando pra trás
Meu amor dá-me sempre pra trás
Meu amor dá-me sempre pra trás
Eu posso não dizer, fingir não entender
Mas meu amor dá-me sempre pra trás
Ele tenta sempre
Com jeitinho dar pra trás
Mas eu nem sei
O que fazer ao rapaz
Mas não pensem mal de mim
Pois eu o amo mesmo assim
Mesmo ele só me dando pra trás
As vezes tento
Atenção lhe pedir
Ele não ouve
Ou finge não ouvir
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
Eu sei que tenho mau feitio
E que digo o que há pra dizer
Não fica nada entalado
Sou assim que hei-de fazer
Meu farta-se de rir
Quando são os outros a ouvir
Mas se é com ele é diferente
Até finge não existir
Mas isso eu nem quero saber
Sou o que se chama um furacão
Quando sinto o sangue a subir
Nem queiram ver não
Eu levo tudo á frente, eu levo tudo á frente
Pra delírio do rapaz
Eu levo tudo á frente, eu levo tudo á frente
E sei que o satisfaz
Eu levo tudo á frente, eu levo tudo á frente
Ele nem comenta
Eu levo tudo á frente, eu levo tudo á frente
Nem sei como ele aguenta
Ele sabe que eu falo alto
E está sempre a disfarçar
Não quer que os vizinhos ouçam
Eu pra ali a gritar
Acha muita graça aos outros
Mas com ele não é bem assim
São bonitas as ortigas
Quando não se tem um jardim
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
Sempre fui encalorada
E sempre usei pouca roupa
A minha mãe dizia
Ai filha é assim que se poupa
Mesmo no pico do inverno
Basta-me uma camisinha
Uma t-shirt e uma encharpe
Uma coisa assim, levezinha
Mas se eu durmo com o meu amor
É difícil de aguentar
É tanto o calor
Que eu tenho que arejar
Eu durmo com tudo aberto
Eu durmo com tudo aberto
Com tudo escancarado
Com tudo bem liberto
Quando o meu amor me toca
Chego a ter afrontamentos
Sinto o sangue a subir
São difíceis aqueles momentos
Abro as janelas as portas sei lá
Para o ar arrefecer
Eu chego a desesperar
E nem sei o que fazer
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
Meu amor é louco por bananas
Diz que a tudo elas fazem bem
Forte em potássio e vitamina A
Diz que tem tudo o que convém
É a única fruta que come
E á sobremesa é só o que quer.
Antes da refeição eu a preparo.
São os mimos aqui da mulher.
Sempre com muito cuidado
E com carinho a seguro na mão
Eu a descasco bem descascada
Para sua satisfação
Todos os dias eu descasco-lhe a banana
Todos os dias eu descasco-lhe a banana
É um mimo que faço com prazer
Eu a descasco antes da gente comer
Se ela estiver um pouco mole
Eu a descasco com mais cuidado
Afinal é pra agradar
Agradar ao meu amado
Mas se estiver verde e vigorosa
Aí até dá gosto brincar
Mas meu amor diz sempre assim
Atenção não é pra estragar
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
Meu amor sempre teve aquários
E peixes sempre criou
Há dias deram-lhe uma enguia
E criar esse peixe nunca imaginou
Mas se lhe deram é pra tratar bem
Só assim ele sabe ser
E por isso ate dá gosto olhar
O animal sempre a crescer
Aumenta de dia pra dia
É linda e dá gosto ver
Meu amor até me acha graça
Por eu andar-lhe sempre a mexer
Pois a enguia do meu amor
É grossa e comprida 2x
A enguia do meu amor
Pra mim é uma querida 2x
A enguia do meu amor
Dá gosto mexer 2x
Sobre a enguia do meu amor
Nada mais vou dizer 2x
Quando a sinto na mão é suave
É suave e bem lisinha
Posso até contar a vocês
Que também é bem durinha
É roliça e bem escorregadia
Mas eu acho graça assim
E se meu amor me deixa-se
Eu brincava todos os dias sim
Ela aumenta de dia pra dia….
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
Meu amor recebeu um herança
Lá pros lados de Oleiros
Um terreno a perder de vista
Com eucaliptos e pinheiros
Ele ficou todo contente
E eu confesso que fiquei também
Pois ele trabalhava muito
Para viver sempre bem…
Mas agora ele mudou
E passa os dias todos deitado
Se me aproximo ele me agarra
E puxa-me pra seu lado
E diz amor estou deitadinho
Mas tenho o pau a crescer 2X
Mesmo quando estou quietinho
Tenho o pau a crescer 2x
Meu amor eu agarro-me a ti
E tenho o pau a crescer 2x
Mesmo se não estiveres aqui
Tenho o pau a crescer 2x
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
Fui trabalhar como motorista
E há um cliente que só me quer a mim
Diz que sou profissional
Muito simpática e coisas assim
Eu faço tudo para o agradar
E não escondo isso de ninguem
Até as vontades dele
Eu faço como convém
Por exemplo ele adora ir a trás
E nem pergunto se ele quer vir á frente
Eu chego e entra logo
E fica todo contente
Eu levo-o sempre atras
Eu levo-o sempre atras
Se ele gosta e por mim esta tudo bem
Por isso satisfaço o rapaz
Eu levo-o sempre atras
Eu levo-o sempre atras
Ele sorri como se fosse uma criança
Por isso satisfaço o rapaz
Esse cliente ate é bem jeitoso
Mas eu sei bem as coisas separar
Ele é tão mas taõ jeitoso
Que ate ao céu o podia levar
Ja que faço tudo para o agradar
E não escondo isso de ninguém
E até as vontades dele
Ele faço como convém
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
Na minha quinta, nasceram três cãezinhos
Lindos de morrer
Mas nós já temos lá tantos
Que meu amor os quis oferecer
Oferecer a quem sabe cuidar
Isso pra nós é issencial
Uma senhora levou um e disse
Levo só este, não levem a mal
Mas um amigo do meu amor
Disse pra mim os três eu quero levar
Envergonhada eu lá lhe disse
Os três eu já não te tenho pra dar
Pois já não tenho os três 2x
Não há nada a fazer
Eu já não tenho os três 2x
Não adianta esconder
Eu ja não tenho os três 2x
Mas vais na mesma gostar
Eu já não tenho os três 2x
E a diferença nem vais notar
Ele coitadinho ficou um pouco triste
Mas tinha que dizer
Imaginem que eu mentia mas depois
Não os iria ter
E enganar assim uma pessoa
Desculpem mas não é pra mim
Jamais eu mentiria a alguém
Pra amizade é logo o fim
Mais sendo amigo do meu amor
E que me disse os três quero levar
E tão envergonhada eu lhe disse
Os três não tenho pra te dar
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
Meu amor não tem paciência
Parece estar sempre apressado
Parece que não para nunca
Que não esta bem em nenhum lado
Até na hora da refeição
Não consegue relaxar
Se o comer não esta pronto
Ele não consegue esperar
Começa logo a mexer
Como se fosse acabar o mundo
Quer comer comer comer
E eu digo a todo o segundo
Não tires todo meu amor 2x
Deixa ficar até acabar
Não tires todo meu amor 2x
Só assim vou saborear
Cada coisa tem seu tempo
E feito á pressa não é tão bom
Saber esperar é uma virtude
E é preciso ter um certo dom
Ele não consegue não
E as vezes até come encruado
Eu tento que quando ele chegue
Já esteja tudo bem preparado
Pois ele vai logo mexer
Como ….
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
Meu amor todos os dias chega a casa
Se precisares depois de mim
Quando chega já jantei estou na sala
A ver tv é sempre assim
Ele janta faz o que tem a fazer
E depois senta-se a meu lado
Como a tv dá pra andar pra trás. (Como sabe que o programa anda pra trás)
Com jeito apaixonado
Vai-me abraçando e beijando
Tentando convencer
Eu já sei o que ele quer
O que ele vai dizer
Põe pra trás meu amor 2x
Ele diz ao meu ouvido
Põe pra trás meu amor 2x
Sede lá ao meu pedido
Põe pra trás meu amor 2x
Vá-lá é só um bocadinho
Põe pra trás meu amor 2x
Satisfaz lá o amorzinho
Acho que virou mesmo vicio
Pedir pra eu meter pra trás
E eu ja não sei o que fazer
Nem o que dizer ao rapaz
Ele já faz tudo pra demorar
E depois vem com jeito apaixonado
Começa-me sempre a provocar
Quando se senta a meu lado
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
Meu amor manhã
Só quer uma gemada
Não quer leite nem cafe
Não quer mesmo mais nada
Mas ele não gosta
De estar ali a bater
Gema com açúcar
Então pede pra eu fazer
Ate me chega a acordar
De seguida pede perdão
E diz já que acordaste
Dá-me aqui uma mão
Quer que eu lhe bata uma
Quer que eu lhe bata uma
Diz que se eu bater
Ate o dia tem mais cor
Quer que eu lhe bata uma
Quer que eu lhe bata uma
Diz que se eu bater
Ganha mais força mais vigor
Diz que eu faço bem
E que faço na perfeição
Mas bater gema com açúcar
Não custa nada
Não entendo
Mas não me custa bater
E eu sei que ele gosta
E até sorri a ver
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
Ao chegar a casa
Tenho uma rua de terra batida
Por causa da chuva
Abriu-se um buraco maior que a vida
Mesmo no meio
Que o carro até custa a passar
Mas tem que ser
Se eu a casa quiser chegar
Mas todos os dias
Só uma ideia consigo ter
É chegar a casa
E ao meu amor dizer
Tapa-me o buraco 2x
Não demores não
Tapa-me o buraco 2x
Amor do coração
Ele pede sempre
Se pra outro dia pode ficar
Mas da competência
Dele eu começo a duvidar
Nem que fosse rápido
Acho que não custava nada
E eu não passava
O dia todo todo angustiada
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
No meu trabalho fui promovida
Agora sou chefe de sessão
Tenho tanto lá pra fazer
Que eu sozinha não consigo não
Mas tenho lá um ajudante
Que nada me deixa falhar
Anda sempre sempre em cima
Pra nada me faltar
Isso agrada-me muito
E vou com gosto pro serviço
Eu sou uma mulher feliz
E por lá comentam isso
Eu tenho uma boa retaguarda
Eu tenho uma boa retaguarda
Eu tenho uma boa retaguarda
Todos dizem e ate meu amor
Eu tenho uma boa retaguarda
Eu tenho uma boa retaguarda
Eu tenho uma boa retaguarda
E eu confirmo sim senhor
O meu ajudante é um anjo
Faz tudo pra me facilitar
Até quando estou lá em baixo
Ajuda-me a levantar
E ternurento até mais não
E põe amor em tudo o que faz
Eu sinto no olhar o prazer
E por mim de tudo é capaz
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
Não é segredo p`ra ninguém
Que sou louca por animais
Entre cães, gatos e galinhas
Tenho uns cem ou talvez mais
Mas o que eu amo de paixão
São gatinhas podem crer
São mais doces mais ternurentas
São lindas de morrer
As vezes até a noite
É de gatas que acabo a falar
Pode até parecer estranho
Mas não tenho culpa de gostar
É de gatas, é de gatas que eu gosto
É de gatas, é de gatas sim senhor
É de gatas, é de gatas que eu gosto
Se não acreditam perguntem ao meu amor
As vezes fico arranhada
Mas eu não me importo não
Meu amor até brinca comigo
Andaste de rojo no chão
Mas senti-la assim aninhada
E pelas pernas a passar
É tão suave e gostoso
Que me faz nas nuvens andar
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
O meu prato favorito
A todos posso dizer
É porco no espeto sim
Mas nem todos sabem fazer
Meu amor por saber disso
Andou na net a pesquisar
E depois de muitas tentativas
O meu gosto foi achar
Da forma que ele faz
Eu passava o dia a comer
O problema é que quanto mais como
Mais parece apetecer
Eu quero porco no espeto
Porco no espeto sabe tão bem
Eu quero porco no espeto
E não escondo de ninguém
Eu quero porco no espeto
Porco no espeto é delicioso
E da forma que ele faz
Podem crer é maravilhoso
Ele coloca um marinado
Ainda antes do espeto enfiar
A carne fica mais tenrrinha
E aguça o paladar
Depois é lentamente
Que o bicho está ali a cozer
Vai rodando com carinho
E o molhinho está sempre a meter
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
Sempre fui mulher de saladas
Por isso tudo fresco tem que estar
Sendo assim quase todos os dias
Á Horta verduras vou apanhar
Meu amor também aprecia
Mas as verduras não sabe escolher
Por ele apanha tudo a eito
Verde castanho ou a apodrecer
Embora saiba que ele se esforça
E que faz com muito prazer
Eu a muito, muito custo
As vezes tenho que lhe dizer
Meu amor o que tu tens está murcho
Meu amor o que tu tens está murcho
Está murcho e não serve assim
Pelo menos falo por mim
Já lhe disse mais de mil vezes
P`ra mim tem que estar arrebitada
Se não estiver bem assim
Não serve mesmo pra nada
Ele até anda meio triste
E não sabe como fazer
Por mais que o coitado tente
Esta sempre a acontecer
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
Sempre gostei de todo o tipo de tarte
Seja maçã amêndoa ou framboesa
P`ra mim é mesmo uma arte
Fazer bem tal sobremesa
Meu amor faz tartes muito bem
Mesmo do jeito que agrada ao paladar
Só que o segredo está na massa
Que grossa e rija tem que estar
Estando bem grossa e bem rija
Até me faz salivar
Depois o que ele mete no recheio
De certeza que me vai agradar
Eu gosto dela grossa e rija
É grossa e rija que eu gosto sim
Eu gosto dela grossa e rija
E meu amor faz ela assim pra mim
Ele mexe os ingredientes com os dedos
Enquanto tudo vai engrossando
Depois mete a mão na massa
E com amor vai amassando
Ela começa ali a levedar
E vai ficando potente ate mais não
Eu quando o vejo a trabalhar
Nem sei explicar a minha emoção
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
Sempre gostei
De aproveitar bem o dia
E com o meu amor
É sempre uma alegria
Meto um batom
Um oculozinho a condizer
Uma saia bonita
E o resto nem quero saber
No outro dia
Estávamos nós a brincar
Caiu-me um anel
E num buraco foi parar
O meu amor
Um bracinho quis enfiar
Eu desesperei
Comecei a gritar
Enfia fundo meu amor
Enfia fundo que tu vais conseguir
Enfia fundo meu amor
Enfia fundo que eu te estou a pedir
Ele enfiou
Mas é curtinho o seu bracinho
Era tão bom
Se houvesse mais um pedacinho
Mas ele
Tenta tenta tenta sem parar
Ele é um querido
Só me quer ajudar
Mas não consegue
Esta difícil eu bem sei
Até já lhe disse
Meu amor ajudo também
Mas ele não quer
Diz que é homem a valer
Então a mim
Só me resta dizer
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
No meu cabelo, já fiz tanta coisa
Já fiz brushing, já fiz permanente
Já foi comprido, já foi meio curto
Passo a dizer que até cortei rente
Mas é com ele comprido e direito
Que eu me sinto mesmo bem
Realça o rosto e posso dizer
Que o meu amor adora também
Se está bem esticado e direito
Eu faço o que eu quiser
Pois quando ele está assim
Eu sinto-me mais mulher
Eu gosto bem esticado e direito
Eu gosto bem esticado e direito
E se assim for bem esticado e direito
Nunca ninguém pode por defeito
Passo horas a cuidar dele
meto o creme e começo a massajar
Fica muito mais vigoroso
E assim esticado ele vai aguentar
As vezes de tanto mexer
Até óleo começa a deitar
Mas é um vicio que eu cá tenho
Não consigo mesmo parar
Mas quando está esticado e direito
Eu faço o que eu quiser
Pois quando está assim
Eu sinto-me mais mulher
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
Minha mãe sempre me ensinou
Que saber não ocupa lugar
Se a mulher for muito prendada
Nunca na vida se vai enrascar
Sendo assim desde pequena
A cozinhar, a costurar eu aprendi
Mas foi a fazer roupas p`ra mim
Que a todos surpreendi
Ainda hoje eu chego a noite
E no quarto vou-me fechar
Estou ali só eu e eu
Nunca se sabe como vai acabar
Eu ainda faço á mão
Da-me um gozo estar ali sozinha
E a mais nada dou atenção
O paninho eu ajeito bem
É preciso é imaginação
Eu tenho este gosto
Que é ainda fazer a mão
Nem dou pelo tempo passar
Tal é o prazer que tenho
Pois faço cada movimento
Sempre com o mesmo empenho
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
Assim que o sol
Começa a despertar
Até os passarinhos
Ficam loucos a cantar
Toda a gente
Fica com outra energia
P`ra mim e pro meu amor
Muda logo o nosso dia
Eu adoro
Estar com ele ali a bater
Seja no campo ou na praia
Eu não consigo esconder
Pois o que eu quero
É apanhar com ele
É apanhar com ele
Sou eu que estou a dizer
Pois o que eu quero
É apanhar com ele
É apanhar com ele
Sou eu que estou a dizer
Eu e meu amor
Não conseguimos parar
Ficamos sempre ali
Os dois a transpirar
As vezes é tanto
Que nem conseguem supor
É tal o escaldão
Que até mudo de cor
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
Meu amor sente-se bem
Com camisolas bem justinhas
Que definem a silhueta
E ao corpo ficam coladinhas
Mas tem sempre um problema
Cada vez que as vai usar
Só a pensar na cabeça a entrar
O rapaz começa a suar
Como um cãozinho abandonado
Ele olha sempre p`ra mim
Eu chego-me a ele
E vou dizendo assim
Mete a cabeça amor
Mete a cabeça
Mete a cabeça com jeitinho
Mete a cabeça amor
Mete a cabeça
Mete bem devagarinho
Mete a cabeça amor
Mete a cabeça
Que eu ajeito e vai entrar
Mete a cabeça amor
Mete a cabeça
Mas com cuidado pra não esgaçar
As vezes força tanto
Que parece que vai rasgar
Até já lhe disse cuidado
Que a coisa não vai aguentar
Não tem calma nenhuma
E há bruta não vai conseguir
As vezes é com as mão
E o buraco vai abrir
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
Não estou gordinha
Mas peso quero perder
Tenho um pneuzinho
Que começa a aparecer
Gosto de comer
Mas tenho que controlar
E na quantidade
Eu tenho que cortar
Mas está difícil
Passo o dia desesperada
Mas é há noite
Que eu fico descontrolada
Vou esfomeada
Todas as noites p`ra cama
Vou esfomeada
Que até o meu amor reclama
O meu amor
Diz que não aguenta mais
Pois já passou
A idade dos vinte e tais
Aguentava tudo
Mas agora não é assim
E faminta como ando
Só me faz mal a mim
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
Meu amor só quer carninha
Seja ao almoço ou ao jantar
Assim bem suculenta
Com grelinhos a acompanhar
Eu já fiz vários molhos
Pra refeição ele poder temperar
Mas ele quer sempre o mesmo
Diz que não vai enjoar
Quero no coentro um alhinho
Com muito azeite bem regado
E eu faço sempre isso
Só pra agradar ao meu amado
Eu faço sempre de coentrada
Eu faço sempre de coentrada
Eu sei que ele gosta muito
E a mim não custa nada
De inicio custou um bocadinho
Porque eu não estava acostumada
Mas agora de tanto fazer
Posso dizer que até me agrada
Pró meu amor seja qual for o prato
Este molho tem que existir
Basta me olhar em seus olhos
E eu vejo a pedir
Páquito C. Braziel / Celeste Roberto
Até ao final do ano
Muita coisa eu estou a planear
Por exemplo a minha casa
A decoração já estou a mudar
Meu amor é muito prestável
Mas pouco sabe fazer
Seja pintura ou bricolage
Eu tenho que estar sempre a ver
Eu seguro-lhe no material
Somente para o ajudar
Mas ele nem pendura um quadro
Sem eu lhe gritar
Mete a broca amor
Mete a broca
Que isso tem que entrar
Mete a broca amor
Mete a broca
Pró buraco alargar
Mete a broca amor
Mete a broca
Mas com cuidado pra não exagerar
Mete a broca amor
Mete a broca
Até a bucha aguentar
Se eu não o orientar
Ele não faz nada com jeito
Espeta ali espeta aqui
Nada pra ele tem preceito
Ele coitado até se esforça
E faz tudo pra me agradar
Faz tudo com tanta meiguice
Que me custa reclamar
Por isso seguro-lhe no material
Só para o ajudar
E ele lá vai tentando
Mas comigo sempre a gritar
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
Meu amor é tudo o que a deus pedi
Ele cozinha, lava, passa na perfeição
Mas é nos tachos e nas panelas
Que tem a sua perdição
Ele faz pratos de carne e de peixe
Que é de comer e chorar chorar por mais
Mas nem sempre faz bem os pratos
Mais tradicionais
Por exemplo na tomatada
Ele pede para eu meter a mão
Diz que fica logo diferente
Tem outra satisfação
Meu amor quer que eu mexa a tomatada
Enquanto ele cozinha
Meu amor quer que eu mexa a tomatada
Diz que não há mão como a minha
Meu amor quer que eu mexa a tomatada
Diz que eu faço como ninguém
Se eu não meto a mão na tomatada
Ele come mas não sabe tão bem
Ele gosta de comandar sempre tudo
Mas há toques que só uma mulher sabe lhe dar
Ele diz que quando eu meto a mão
Melhor gostinho não há
Ele arma-se sempre em durão
Mas que eu o faça ele parece querer e gostar
Tem a mania que já sabe tudo
Mas há segredos que não consegue alcançar
Páquito C. Braziel / Celeste Roberto
Um espectáculo meu é festa é alegria
Toda a gente quer entrar
Alguns ficam na memória
Como este que tem uma historia
Que aqui vos vou contar
Num espectáculo já esgotado
Vem um moço preocupado
Ao camarim ter comigo
Diz-me ele quase a chorar
Vim de longe pra entrar
E agora não consigo
Eu com pena do rapaz
Claro que não fui capaz de ficar indiferente
Tenho sempre duas entradas ai muito reservadas
Pra um caso mais urgente
E dei-lhe as duas entradas
Dei-lhe as duas entradas
E o rapaz ficou louco de emoção
Dei-lhe as duas entradas
Dei-lhe as duas entradas
Não vai esquecer
Podem crer eu também não
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
O tempo tem destas coisas
Tanto faz sol como a seguir está a chover
Mas o meu homem diz que é bom assim
Porque as plantas fortes vão crescer
Diz que não há agua como a da chuva
Para fazer uma flor surgir
Mas depois é preciso sol
Para a mesma flor florir
A sensação de uma boa aberta
Ele diz que não dá para descrever
Eu nem sequer comento
Fico somente a ver
O meu homem quer uma boa aberta
Ele quer uma boa aberta
O meu homem diz que uma boa aberta
Faz crescer o que até já morreu
O meu homem quer uma boa aberta
Ele quer uma boa aberta
Se correr mal e ele se molhar
Quem o mata a seguir sou eu
Nem que seja uma rapidinha
Uma boa aberta sabe sempre bem
Até os animaizinhos gostam
Qual é o stress.. eles não escondem de ninguém
Meu amor diz que no momento
O céu até fica mais forte
Eu sei que gosta muito
Mas apanhar não tem essa sorte
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
Eu e meu amor
Sempre gostamos de brincar
É assim desde o dia
Que começamos a namorar
No outro dia em casa
Com uma armadura apareceu
Trouxe de uma feira
E eu pensei endoideceu
Mas a partir dai
Há noite mete a armadura
E de espada em punho
Começa a nossa loucura
E é assim…
Ele tem armadura
Ele tem armadura
E eu sempre a gritar
E é assim…
Ele tem armadura
Ele tem armadura
E a querer-me espetar
Agora não há dia
Que não haja diversão
Mas pra tudo estar bem
Tenho muito que dar a mão
Puxo o lustro muito bem
Há espada do meu amor
A armadura fica
Com outro vigor
Depois o meu amor
Há noite mete a armadura
E de espada em punho
Começa a nossa loucura
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
Eu entrei na faculdade
Antes de começar a cantar
Tentei tirar medicina
Pra toda a gente ajudar
Fiz primeiro o segundo e terceiro ano
No quarto é que se complicou
O professor que até era jeitoso
Disse a menina não se aplicou
Eu perguntei o que fiz e errado
Mas ele não quis responder
Eu não entendo pois
Até a oral fui me submeter
Chumbei no quarto ai ai
Chumbei no quarto
Mas fiz tudo o que ele quis
chumbei no quarto ai ai
Chumbei no quarto
Pelo menos é o que ele diz
Chumbei no quarto ai ai
Chumbei no quarto
Mas eu não vou desistir
Quando ao quarto eu voltar
Ai vou ser eu a sorrir
Talvez eu ainda volte
E o mesmo professor eu queria ter
Agora no quarto não duvidem
Que ele se irá surpreender
Pois vou me aplicar o dobro
E nenhum erro vou cometer
Ele vai ficar maluco
Por tanto eu já saber
Se eu perguntar o que fiz de errado
Ele não vai poder responder
E se for preciso de novo
há oral vou-me submeter
Páquito C. Braziel / Celeste Roberto
Já trabalho há dez anos
Numa clinica de beleza
Sou melhor trabalhadora
Podem disso ter a certeza
Aplico-me ao cliente
Venha ele de onde vier
Simpatia no serviço
Seja homem ou mulher
Minha sorte vem o azar
Da coitada da gerente
Pobre criatura
Ficou ferida num acidente
São situações
Que mudam a nossa vida
Se o cargo ficou vago
Eu serei a promovida
E o meu chefe deu-me
O meu chefe deu-me
E não foi por obrigação
E o meu chefe deu-me
O meu chefe deu-me
Foi com carinho e emoção
Fazemos manicure,
Pedicure e até plástica
Tratamento corporal
Para uma pele fantástica
Ao chegar os cliente
Começo a perguntar
Se as mão da rosinha
Estão livres para massajar
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
No outro no dia no meu quarto
Eu olhei com atenção
Vi uma racha tão grande
Desde o tecto até ao chão
Chamei logo o meu amor
Para ver como arranjar
E ele lá me disse
Com jeito eu vou tapar
Eu ainda pensei
Chamar alguém para o fazer
Mas ele disse logo
Ai só eu vou mexer
Na minha racha
Só quem mexe é meu amor
Na minha racha
Só quem mexe é meu amor
Ele sabe o que fazer
Ai sabe sim senhor
Até dá gosto ver
Ver bem como ele faz
Primeiro passa os dedos
Para ver se está capaz
Ele molha a racha
Para a massa melhor entrar
E depois com a talocha
É só esfregar
Páquito C. Braziel / Celeste Roberto
Com tanta crise a malta tem que se virar
Siga pra frente a lutar vamos embora
Bem convicta tomei a decisão
Na loja do cidadão abri a empresa na hora
Comprei um espaço na baixa de Lisboa
Com as poupanças generosas que eu cá tinha
Coisa pequena mas com muita variedade
O que importa é a qualidade na loja da Rosinha
Mandei convites a toda a socialite
Pus um anuncio bem grande no jornal
Pra meu espanto toda a gente vem a festa
Minha abertura é a melhor de portugal
Ai todos veem a minha abertura
Todos veem a minha abertura
É tanta gente ai que loucura
Todos veem a minha abertura
Só se fala que vai ser um sucesso
No jornal sou noticia de cabeçalho
Logo na capa em grande todos leem
Rosinha empresária do retalho
Sou competente e muito trabalhadora
E pró negocio tenho o olho bem aberto
Na abertura todos querem cá entrar
e vão comprar porque tem o preço certo
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
Meu amor gosta de comer
E gosta de variar de prato
Mas há um que sempre quer
E que nunca fica farto
Uma amêijoa suculenta
Para abrir a refeição
Ele gosta de saborear
E até lá molha o pão
E eu sabendo disso
Preparo a amêijoa a rigor
Tem que estar apromadinha
Para a boca do meu amor
Eu lavo a amêijoa
Para o meu amor comer
Eu lavo a amêijoa
Para ele se lambuzar
Eu lavo a amêijoa
E tenho que lavar
Para lhe poder tirar
Todo aquele gostinho a mar
Se a amêijoa estiver fechada
Meu amor até usa o dedo
E aos poucos vai pressionando
E Ela abre sem medo
Mas se a amêijoa estiver aberta
Até o faz salivar
Procuro que fique assim
Pra ele a poder degustar
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
Por ele passava o dia
De varão na mão
E á noite eu voltava á carga
E era até cair p`ro Chão
Meu amor ao lado da cama
Montou um varão
Diz que é p`ra mim
E p`ra nossa diversão
Quer que eu me agarre ao varão
E comece a relaxar
Diz que se me entregar
O varão ao céu vai-me levar
Mas ele anda obececado
Eu nem sei o que fazer
Ele chega prepara o varão
Eu começo logo a tremer
Por ele passava o dia
De varão na mão
E á noite eu voltava á carga
E era até cair p`ro Chão
Aos desejos do meu amor
Eu tento agradar
Mas o varão dele é tão grosso
Que eu não consigo agarrar
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
Desde que o YouTube apareceu
Nada mais ficou igual
A Malta faz vídeos de tudo
E carrega lá no canal
Meu amor pra me ajudar
E meu trabalho desenvolver
Abriu um canal pra mim
Pra pequenos filmes lá meter
Mas agora já exagera
E eu tenho que fiscalizar
Pois se eu relaxar
No meu canal vai logo enfiar
Ele mete tudo no meu canal
Mete tudo no meu canal
Basta eu me distrair
Mesmo sem pedir
Ele mete no canal
Agora quer posições novas
Para ele poder brincar
E não lhe interessa nada
Se bem ou mal eu vou ficar
Sei que me quer ajudar
E meu trabalho desenvolver
Por isso abriu-me o canal
Pra pequenos filmes lá meter
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
No outro dia fui ao talho
E descobri a rabadilha
Uma carne muito tenra
Saborosa, uma maravilha
Levei de porco, levei de vaca
Para meu amor provar
Caprichei até mais não
Pra ele se deliciar
Disse-me que tinha provado
Muito antes de se casar
Mas agora que provou a minha
Com a rabadinlha passa o dia a sonhar
Ele é louco por rabadilha
Eu é que já não aguento
Ele quer a todo o momento
A minha rabadilha
Pro meu amor sempre cozinhei
E gosto de inovar
Eu nunca digo não a nada
Gosto de o ver delirar
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
Meu amor tem uma caneta
De tinta permanente
Diz que assim tem mais pinta
Parece mais inteligente
Tem que se ter muito cuidado.
Quando se está a escrever.
Pois se o bico não aguentar.
Não há nada a fazer.
Mas assim que pego nela.
Parece que ganha vida.
Começa logo a escrever.
E nem se sente inibida
Aí escreve bem
Aí escreve bem
A caneta do meu amor
E se não escreve
Basta abanar
Que a tinta vá chegar
Aí vai sim senhor
Se a caneta não quiser escrever
Basta a pontinha molhar
Ou com o bafo fazer … Ah ah
Que ela começa a arrebitar
As vezes acho que tem problema
Quando eu estou a escrever
Ao fim de uns minutos
Esborrata o que se está a fazer
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
São os filhos, a casa, o trabalho
A vida de mulher é dureza
Mas o que me desespera
São os mártirios da beleza
Eu não sou de complicar
Mas há coisas que assim não são
Por isso fico logo stressada
Na hora da depilação
Meu amor vem-me acudir
Quando sabe que a vou fazer
Vem de pinça na mão
Ele depila mas está sempre a dizer
Está encravado, meu amor, está encravado
Está encravado, e tirá-lo não sou capaz
Esta encravado, meu amor está encravado
Um encravado à frente outro encravado a trás
Ficamos horas os dois a depilar
A vida de casal é dureza
Ele coitado pra coisa resultar
Espeta leve e tira com firmeza
Já tentei fazer a coisa sozinha
Mas há zonas difíceis de extrair
Desisto e chego á conclusão
Que o melhor é ajuda pedir
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
Meu amor plantou um pinheiro
Bem no meio do jardim
Mas cuidar dele não cuida
Deixa isso cá pra mim
Gosta de ter pinhas boas
Mas a esgalha isso não faz
Quando chega á altura certa
Ele diz…. Amor és capaz
Eu lá lhe faço a vontade
E pro ramo não ofender
Faço com jeitinho.
E confesso que gosto de fazer
Sempre que ele pede
Eu esgalho o pau
Sempre que precisa
Eu esgalho o pau
E fica contente
Por ser assim
Pois eu esgalho o pau
E ele sorri pra mim
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
Pra mim linguado
Sempre foi peixe pra doente
Mas no outro dia provei
E fiquei com uma ideia diferente
Talvez fosse o tempero
Ou o próprio cozinheiro
Quando o linguado me deu
Comi como se fosse o primeiro
Desde esse dia
Dou por mim a pensar
Como podia eu
Ao linguado não ligar
Eu gosto de linguado
Eu gosto de linguado
Eu gosto de linguado
Mas tem que ser caprichado
Agora eu digo
E prestem bem atenção
É meu peixe preferido
Embora eu pensasse que não
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
Meu amor na hora de comer
Quer sempre, sempre igual
É louco por frango assado
É carne branca diz que faz menos mal
A cara dele parece mudar
Quando vê as coxhas mesmo ali
Agarra-as com firmesa
Uma coisa como eu nunca vi
Já o tentei convencer
Que a monotonia mara o casal
Mas ele diz que gosta assim
Por isso é normal
Ele só quer frango assado
Ele só quer tipo frango assado
E se eu digo para mudar pra ele não enjoar
Ele diz não e fica amuado
Quando vem com ganas pra comer
Podia começar com o peitinho
Mas não nem quer saber
Diz que é homem não homenzinho
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
Tenho o olho cheio
Tenho o olho cheio
Tenho o olho cheio
E não estou a suportar
Tenho o olho cheio
Tenho o olho cheio
Ponho pomada
Mas não consigo aguentar
Conjuntivite nunca eu tinha tido
Mas agora é o que estou a ter
Fotofobia e visão borrada
É disto que estou a sofrer
Mas meu amor vai me acariciando
P’ra minimizar a minha dor
Põe pomada por dentro e por fora
E diz… aguenta amor
Parecer que tenho areia no olho
É uma estranha sensação
Apetece enfiar a mão
E coçar até mais não
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
Meu amor pra ganhar mais uns trocos
Uns biscates tem que fazer
Ele como até pinta bem
Da habilidade tem que se valer
O trabalho não para de chegar
Ele já nem tem mão a medir
Eu resolvi ir para o ajudar
Pelo menos tinta eu sei servir
Ele pra nunca me salpicar
Com jeitinho o pincel me vem molhar
E se estamos sozinhos pelos cantos
No seu pincel já começo a segurar
Eu seguro no pincel do meu amor
Eu seguro no pincel do meu amor
Ele diverte-se até mais não até me ajeita a mão
E diz tem cuidado por favor
Eu já estou a ganhar o habito
De andar de pincel na mão
Até mesmo com a brocha
Não me mete medo não
Se o pincel tem cerda curta
Ou se cerda comprida tem
Eu cá já estou a ficar perita
Com qualquer um me saio bem
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
Nos fundos da minha casa
Eu tenho um armazem
Que o meu amor usa
Conforme lhe convém
Quando ele está la dentro
Diz que está no paraíso
E se eu pergunto vais a casa
Diz que não é preciso
Pois passa bem juntinho
Á porta da habitação
Mas só pensa no armazem
Até mete impressão
Meu amor gosta de ir ao armazém
E vai lá vezes sem parar
Já na habitação da frente
Nem á porta quer tocar
Meu amor vive lá dentro
E eu tenho que aguentar
Se ele gosta de ali estar
Então deixai-lo estar
Pois se está no armazem
Diz que está no paraíso
E se eu pergunto vais a casa
Diz que não é preciso
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
Meu amor tem um bichinho
Que arrebita quando lhe passo a mão
Eu sinto-o logo a crescer
E não pensem que minto não
Ás vezes ele fica tenso
E quer-me arranhar
Ele até cresce p`ra mim
Com as duas mãos tenho que o agarrar
Mas eu sou louca por ele
Dou beijinhos por todo o lado
É na cabeça e no corpo
Fica todo esfrangalhado
Eu esfrangalho o bicho 2x
Até ele aguentar
Eu esfrangalho o bicho 2x
Sem nunca o largar
O bichinho assim que me vê
Fica de pé para lhe por a mão
E quando sente o toque no lombo
Vira uma fera parece um leão
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
Meu amor tem um carrinho
Do qual se anda sempre a gabar
Diz que é uma grande máquina
Mais valia ele se calar
Aquilo não é grande coisa
Mas ele é todo orgulhoso
Eu até finjo que não oiço
Pra não dizer que ele é mentiroso
Eu como sei de mecânica
Eu já quis a maquina afinar
Mas ele diz que não
Ajuda só no óleo p`ra mão, ele não sujar
Eu só lhe sirvo p`ra mudar o óleo
Só lhe sirvo p`ra mudar o óleo
Pra tudo mais não sirvo não
Nem me dá atenção
Só pra mudar o óleo
O carrinho podia ser melhor
Se no motor ele desse um apertão
Ás vezes até acho
Que aquela máquina só de empurrão.
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
O meu amigo tem um descapotável
Com capotazinha de lona
Mas quem faz um grande brilharete
É a mulher que é toda boazona
A mulher aborda todos que pode
Para com ela uma volta dar
Pois o carro descapotável
Ela gosta de mostrar
Mas há coisa que ela faz
Que não dá pra compreender
Abre a capota de lona
Até quando está a chover
Ela adora dar nas vistas
Mesmo quando o mau tempo aperta
Faça chuva ou faça sol
Ela anda sempre de lona aberta
O meu amigo começa a estar farto
Das piadas que tem que aguentar
A malta diz que ela gosta dele
Mas do carro também gosta de mostrar
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
Tinha um terreno que ofereci ao meu amor
Pra ele poder a cabeça aliviar
Ele relaxa quando a terra abre
E vê a planta entrar
Eu vou pra ajudar o meu amor
E há uma área que sou eu a tratar
Eu corto o mato e até faço a limpeza
Isso ajuda-o a plantar
Mas nesta área toda a terra
É húmida até mais não
Mas pra planta entrar melhor
Ainda rego e chamo a atenção
Tenho a área molhada
Ai ai ai
Tenho a área molhada
Ai ai ai
E da-me gozo vê-lo a meter a mão
E a sentir a área toda molhada
No terreno que ofereci ao meu amor
Ele mete de tudo um bocadinho
Desde cenoura, pepino e muito mais
Ele faz tudo, tudo com jeitinho
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
Sou feliz com ele na mão
Sou feliz com ele na mão
Mas á noite é uma aflição
Nem consigo dormir se não o sinto na mão
Meu amor deu-me um telefone
Para andar sempre comigo
Mas eu já não vivo sem ele
É o meu melhor amigo
É como se fosse o meu amor
Ou dele fizesse parte
Eu acarinho em minha mão
Com muito engenho e arte
Eu sei que é loucura
Mas não consigo parar
Eu até vou ao céu
Quando o sinto a vibrar
Acaricio vezes sem conta
Mesmo sem ninguém notar
Eu até lhe meto a mão
Ao almoço e ao jantar
Aquilo dá-me prazer
É como se fosse o meu amor
Pois se ele não está por perto
Ao coração dá-me calor
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
Toda a gente sabe
Que eu gosto de cozinhar
Quando há uma festa
Vão-me logo convidar
Fico responsável
Por tudo o que é comer
E só meu amor
Comigo vai fazer
Embora os meus vizinhos
Basta eu me descuidar
Mexem-me na panela
E eu tenho que os avisar
Na minha panela
Não entra qualquer colher
Na minha panela
Não é como a malta quer
Na minha panela
Fiquem todos a saber
Dê lá por onde der
Só meu amor pode mexer
Na minha panela
Só entra colher de pau
Não gosto das outras
porque o gosto até é mau
A minha comida
É muito bem condimentada
Há amigos que tentam
Mas não comem nada
Mas há muita gente
Que basta me descuidar
Mexer-me na panela
E eu tenho que os avisar
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
Na faculdade eu tenho um professor
é um gentleman um senhor
faz tudo pra me ajudar
ele só quer as minhas notas melhorar
Sabe que não sou boa na escrita
e com letras me vejo aflita
ele diz-me se eu quiser
dá-me um jeitinho dê por onde der
ele explica-me a sebenta e o manual
Mas diz ser mais rápido se eu for à oral
Ele quer que eu vá à oral
Já vai tanta gente, que isso é normal
Ele quer que eu vá à oral
Já vai tanta gente, que isso é normal
Há quem vá a oral por precisar
Há quem vá a oral por gostar
Há quem vá pra subir na vida
Há quem vá porque se sinta perdida
O professor quer-me apoiar
E diz que a nota vou levantar
Basta apenas eu me aplicar
E garante que tudo vai facilitar
Ele explica-me a sebenta e o manual
Mas diz ser mais fácil se eu for à oral
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
Pró meu amor
É sempre hora de ponta
Ande ele por onde andar
Pró meu amor
É sempre hora de ponta
Eu não sei mais o que pensar
Quando chega ao pé de mim
Meu amor dá-me eu abraço
Mas eu sinto que por ele
Queria dar-me um amaço
Mas é tudo a correr
Pois só pensa em trabalhar
Está sempre a pensar no transito
E na hora de chegar
Quando está em meus braços
Não consigo entender
A hora de ponta vem lhe à cabeça
Ele chega antes de eu querer
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
O meu vizinho tem uma quinta
Onde tudo murchava e nada crescia
Era seco tudo amarelo
Vocês não sabem o que aquilo parecia
Ele coitado desesperado
Falou comigo para o ajudar
Pois a planta dele não subia
Pois mais que dela ele quisesse cuidar
Mas com jeitinho
No que é dele meti a mão
Agora ate se gabasse
Que cresce até mais não
Onde eu meto a mão
Tudo cresce tudo cresce
Porque eu faço tudo
Com muito amor
Onde eu meto a mão
Tudo cresce sim senhor
Eu não fiz nada fora do normal
Apenas reguei pus adubo e pouco mais
Mas carinho e muito amor
Se a gente não der são erros fatais
O meu vizinho , o desesperado
Que falou comigo p`ra eu o ajudar
Anda feliz todo contente
Pois agora vê a planta arrebitar
Pois com jeitinho
No que é dele meti a mão
Agora ate se gabasse
Que cresce até mais não
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
No outro dia estava a chuviscar
Fui de carro ter com o meu amor
O terreno estava escorregadio
Ai estava um pavor
Como estava meio perdida
Eu ia devagarinho
Veio de la um desgovernado
Que me apanhou no caminho
E por trás
Deu-me uma pranchada
Eu não sei
Como não estou inchada
Rebentou-me com a traseira
Ele deu-me e nem hesitou
Rebentou-me com a traseira
Felizmente não me aleijou
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
Passeei com o meu amor
Na costa alentejana
Fui ver algumas casas
Para passar o fim-de-semana
Vimos um apartamento
Que da praia estava perto
E desde que foi feito
Nunca tinha sido aberto
Meu amor meteu a chave
Ai que emoção
E se fechar os olhos
ainda sinto a sensação
Refrão:
Tenho um andar novo
Tenho um andar novo
Tenho um andar novo
E muito vou desfrutar
Tenho um andar novo
Tenho um andar novo
Foi ao pé da praia
Que fiquei com um novo andar
É apertadinho
Mas para as férias dá bem
maior que isto
podem crer não me convém
Desde que o comprei
tem estado sempre aberto
o apartamento
que da praia está perto
Não esqueço a primeira vez
que abri o apartamento
e se fechar os olhos
ainda sinto o momento
Páquito C. Braziel / Celeste Roberto /Páquito C. Braziel
O aniversário toda a gente faz
Seja mulher, menina homem ou rapaz
Há quem viva para anos fazer
Há quem queira somente esquecer
Há quem perca tempo a organizar
Há quem queira o bolo logo cortar
Para mim é um dia em cheio mais um ano a passar
Não importa se a pele vai enrugar
Refrão:
Seja homem ou mulher
Os anos são todos iguais
Só não faz festa quem não quer
Porque os anos são todos iguais
Os anos passam e uma festinha não faz mal
Mulher ou homem anos é tudo igual
Há homens loucos por festas de anos
Há mulheres que só lá vão com enganos
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
Quando casei com meu amor
Só bacalhau ele comia
Fiz sempre vários pratos
P’ra lhe dar no dia-a-dia
Fazia à Gomes de Sá
À Braz ou em pastel
Pastelinhos que fritava
E ele metia no farnel
Mas com uns amigos
Fez uma patuscada
Provou e gostou
E agora também quer sarda
Refrão:
O meu amor também quer sarda
Do bacalhau diz que enjoou
E doutro peixe gostou
Agora também quer sarda
O cheiro daquele peixe
Não consigo aguentar
Não sei o que fazer
P´ra com isto acabar
Bacalhau com todos
Ofereci-me p´ra fazer
Punheta de bacalhau
Ofereci-me p´ra aprender
Mas ele diz que não
Nem quer que eu conte nada
Come sarda à vontade
Quando vai à patuscada
Páquito C. Braziel / Leandro
Na minha zona
Há um produto tradicional
É um enchido de carne
Com sabor fenomenal
É assim tipo paio
Mas maior um bocadinho
Quando se come
Nunca é só um pouquinho
Eu trago sempre um comigo
P´ra meu belo prazer
A respeito do enchido
Eu apenas sei dizer
Refrão:
É grande e grosso
É grande e grosso
É grande e grosso
O enchido da minha terra
Ando em todo o lado
E nunca encontrei igual
O chouriço da minha terra
É mesmo sensacional
Tenho um amigo
que tem sempre p’ra oferecer
Quem vai á sua loja
Sempre volta a aparecer
Leandro / Leandro
Foi num dia
De muito calor
Que meu vizinho
Me pediu um favor
Ele que se dedica
À agricultura
Tinha tudo
Na maior secura
Pediu-me para
O ajudar
Pois sozinho
Não conseguia regar
Alguém tinha
De estar na mangueira
Enquanto ele
Estava na torneira
E eu lá fui pelas courelas
Como se estivesse no meu jardim
Até que ele desesperado
Gritou assim p´ra mim
Refrão:
Põe no rego
Põe no rego
Que a mangueira
Está a jorrar
Põe no rego
Põe no rego
Que assim
Nada se vai estragar
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
Desde sempre há um prato
Que faço em casa
É uma carninha
Pau de louro assada na brasa
Eu comia a toda a hora
Ao almoço e ao jantar
E duvido que um dia
eu fosse enjoar
É o gosto
Que o pau deixa entranhado
Que a carne suga-se
Com amor é temperado
Quem mete o pau na carninha
É sempre o meu amor
E quem assa sou eu
Sim senhor
Refrão:
Eu gosto de espetada
É um prazer quando como
Não sobra nada
Eu gosto de espetada
É bom o gosto
O pau na carne bem assada
Desde sempre há um prato
Que faço em casa
É uma carninha
Pau de louro
Assada na brasa
Eu comia a toda a hora
Ao almoço e ao jantar
E duvido que um dia
Eu fosse enjoar
É o gosto
Que o pau deixa entranhado
Que a carne suga-se
Com amor é temperado
Quem mete o pau na carninha
É sempre o meu amor
E quem assa sou eu
Sim senhor
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
Os óculos eu tiro
Sempre que estou
Com o meu amor
No outro dia arrependi-me
Arrependi-me sim senhor
Ele disse para mim
Está quietinha um bocadinho
Tens uma pestana no rosto
E vou tirá-la com jeitinho
Mas ele tremeu
E a força na perna faltou
E ele sem querer
No meu olho o dedo enfiou
REFRÃO:
Enfiou-me o dedo no olho
e nem na pestana tocou
Enfiou-me o dedo no olho
ai que dor que me causou
Os óculos eu tiro
Sempre que estou
Com o meu amor
No outro dia arrependi-me
Arrependi-me sim senhor
Ele disse para mim
Está quietinha um bocadinho
Tens uma pestana no rosto
E vou tirá-la com jeitinho
Mas ele tremeu
E a força na perna faltou
E ele sem querer
No meu olho o dedo enfiou
Leandro / Leandro
Com o meu marido fui à cartomante
Para as cartas p´ra nós deitar
E ele que é crente nessas coisas
Também foi umas cartas comprar
Voltamos pela segunda vez
E o baralho ele levou
No meio da situação
À cartomante ele o baralho mostrou
Ela viu com atenção
E ele ficou todo vaidoso
Quando ela disse p’ra ele
Que baralho tão jeitoso
Refrão:
Ela gostou
Ela gostou
Ela gostou
Do baralho do meu marido
Agora ele quer ir lá sozinho
Nem sei bem mais o que pensar
Diz que ela é boa com o baralho
E tem muito p’ra lhe ensinar
Celeste Roberto / Páquito C. Braziel/ Leandro
Não sei porquê
Mas o meu homem era assim
Chegava a casa
E nem olhava p’ra mim
Ia para a sala
Ligar a televisão
Mexia-me no comando
Até dava impressão
Mas eu fartei-me
De nada conseguir ver
Escondi o comando
E só eu posso mexer
Refrão:
No comando eu
No comando eu
No comando eu
E só eu posso mexer
No comando eu
No comando eu
No comando eu
E nada mais quero saber
Era horrível
Pois nada podia ver
P´ra cima e p´ra baixo
Até a cabeça doer
O encanto dele
Era pôr a mão no comando
Pouco interessava
O que a TV ia
dando
Mas eu fartei-me
De nada conseguir ver
Escondi o comando
Pois só ele tinha prazer
Páquito C. Braziel / Leandro
A vida está difícil
Tive de ir trabalhar
Fui p’ra uma padaria
Para o padeiro ajudar
Assim que lá cheguei
Fiquei louca com a visão
O padeiro era lindo
Um verdadeiro pão
Enquanto ele falava
O forno ia aquecendo
E disse começa já
Porque a massa está crescendo
Refrão:
Eu abro o forno
E ele mete e tira a pá
Mete e tira a pá
Mete e tira a pá
Eu abro o forno
E ele mete e tira
Mete e tira a pá
Que prazer que aquilo dá
Assim que ele chega
Tenho o forno ligado
Faço-o com carinho
E com todo o cuidado
Ele presta atenção
P’ra com a pá não me aleijar
E até mete farinha
Para a massa não colar
Vai dando conselhos
E o forno fica mais quente
O pão fica melhor
Quando é feito por a gente
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
O meu amor
Para cabeça aliviar
Espera pelo fim-de-semana
Para comigo ir pescar
Da linha ao carreto
Ao anzol bem afiado
Meu amor tem sempre
O material bem oleado
E lá vamos nós
Chegamos pela fresquinha
Deito-me p ́ra descansar
Em cima de uma mantinha
E lá vem ele
De minhoca na mão
Pede para eu meter
Porque lhe faz impressão
Ai sou eu, sim sou eu
Quem põe a minhoca
porque ele não é capaz
Ai sou eu, sim sou eu
Ele é bom na cana
Mas na minhoca não satisfaz
O meu amor
Como bom pescador
Aos amigos mente sempre
Ai mente sim senhor
Diz que pesca muito
Que pesca até mais não
Até já disse
Que pescou um tubarão
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
Antigamente
Era apenas no verão
Mas agora até de inverno
É Vê-los com ele na mão
Um bom gelado
Era coisa de mulher
Mas agora há muito homem
Que também para si o quer
Há gelado de copo
E no crepe não é mau
Mas eu prefiro aquele
Que é agarradinho ao pau
Mas tem que se ter cuidado
Quando se está a comer
A forma como o faço
A todos vou dizer
Eu chupo, Eu chupo
E vou rodando para ele não pingar
Eu chupo, eu chupo
E no fim fico com o pau a brincar
Páquito C. Braziel / Nuno Eiró
Meu amor trabalha muito
precisa de comer
eu faço sempre um lanche
pra ele não enfraquecer
preparo um pacote
ponho de tudo um bocadinho
e na hora de levar
eu ponho-me ao caminho
minha mãe pergunta sempre
porque não levo a lancheira
mas pra manter o gosto
é a melhor maneira
eu levo no pacote
ai eu levo sim senhor
eu levo no pacote
ai tem outro sabor
eu levo no pacote
ai eu levo sim senhor
eu levo no pacote
pra gosto do meu amor
levo sandes de fiambre
outras de panado
levo tambem um bombom
pra que fique aconchegado
meu amor quando me vê
amachuca-me o pacote
quer saber o que vai dentro
o que lhe calhou em sorte
chega a estraga comida
mas eu não levo a mal
levo a lanche deste jeito
é mais natural
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
O meu marido meteu-me coisas na cabeça
Diz que cozinho mal, só quer é fruta
Acha-se gordo e então está de dieta
Está esquisito e já não come à bruta
Diz que é as frutas que o deixam bem disposto
Que anda contente, regalado e satisfeito
Pois seja verde, mais madura, outro gosto
Só sei que as frutas acabam com o casamento
O meu marido já não come em casa ,
So quer é fruta, só quer e fruta
Vai comer fora, em casa esta de dieta
So quer é fruta, só quer e fruta
O meu marido passa a vida a dizer
Come fruta de dia, à noite não quer comer
O meu marido passa a vida a dizer
Come fruta de dia, à noite não quer comer
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
No terreno que tenho na aldeia este ano quis plantar
Umas cabeças de nabo para sopa preparar
Quando as apanhei eram muito pequeninas
Como a cabeça de um dedo, eram mesmo muito finas
Lá no terreno, ao lado, um jovem me chamou
Disse que tinha uma grande cabeça para eu ver
Era um nabo enorme que ele tinha mesmo ali
Pediu então pra lhe pegar e disse assim
Pega aqui nesta cabeça, nunca viste uma igual
Pega aqui nesta cabeça, com jeitinho não faz mal
Pega aqui nesta cabeça, é bem grossa e durinha
Pega aqui nesta cabeça, não tens uma como a minha!
Páquito C. Braziel / Páquito C. Braziel
No outro dia fui à praia,
Estava cheia até mais não
Deitei-me ao lado de um borracho
Que tinha um grande colchão
Comecei a olhar para a bóia
E ofereci-me para encher
Disse que tinha um buraco
E não sabia o que fazer
Depois de conversar
À conclusão fomos chegar
Que eu soprava no pipo
E ele com o dedo o ia tapar
E foi assim todo o dia,
Todo o dia, todo o dia
Foi assim todo o dia,
Todo o dia, todo o dia
Eu com a boca no pipo
E ele com o dedo no buraco,
Eu com a boca no pipo
E ele com o dedo no buraco
No outro dia fui à praia,
Estava cheia até mais não
Deitei-me ao lado de um borracho
Que tinha um grande colchão
Comecei a olhar para a bóia
E ofereci-me para encher
Disse que tinha um buraco
E não sabia o que fazer
Depois de conversar
À conclusão fomos chegar
Que eu soprava no pipo
E ele com o dedo o ia tapar
E foi assim todo o dia,
Todo o dia, todo o dia
Foi assim todo o dia,
Todo o dia, todo o dia
Eu com a boca no pipo
E ele com o dedo no buraco,
Eu com a boca no pipo
E ele com o dedo no buraco